sábado, 1 de julho de 2017

Comecei a fazer terapia junto com os remédios para a depressão. Em uma das sessões, resolvi comentar sobre a Hidradenite Supurativa, e tive uma boa resposta da psicologa, o que me fez abrir a mente e observar outros lados.

Bom ela é um amor, me acolheu muito bem e talvez da forma que eu esperava. Já de cara, me disse ser especialista em terapia chinesa, e que a HS seria ligada ao órgão Pulmão, e este é ligado ao sentimento de Tristeza prolongada.

De começo, por acreditar em uma visão mais holística e taus, me empolguei e não refleti. Porem uma semana apos, me lembrei do que me disse e fiquei mentalizando sobre.

Conclusão de uma volta no tempo dentro das minhas lembrança: tive uma lesão, que enumerarei como a primeira um ano antes de meu pai adotivo vir a falecer. Nesta fase eu estava que nem doida procurando meu pai biológico e sofria muito por este motivo. Não encontrei ate hoje ele. Porem, quando meu pai adotivo veio a falecer, eu fiquei com "remorso" em procurar outro pai e esqueci da ideia temporariamente. Numa segunda fase, foi quando tive um relacionamento abusivo (não sei explicar, como que, somente hoje percebo o quanto fui abusada, humilhada, agredida física e mentalmente e outros tantos momentos que vivi). Esta segunda epata começou a surgiu vários nódulos na região da virilha alem de nádegas. Não aturava o sexo, sofria por traições e humilhações, alem de beber horrores de álcool. Talvez, hoje, eu possa dizer que fui uma alcoólatra anonima, pois o anonimato era de mim mesmo, pois a sociedade via e eu não me enxergava. Deste relacionamento nasceu meu filho Victor, hoje com seis anos, e no primeiro mês de vida dele me separei do abusador (momento este que eu achava ter tido melhora da HS por conta de amamentação e ausência de menstruação), mais na verdade, senti um alivio em não sofrer mais. Terceira crise (ou lugares diferentes de manifestação da HS, se assim posso classificar), foi quando meu marido e eu ficamos e resolvemos morar juntos. Minha mãe biológica não aceitava eu ficar com ele e ele criar o Victor. Foram varias brigas, discussões e ameaças da parte dela para comigo. Começamos a morar juntos em março, e minha mãe morava conosco, e em agosto ela se mudou. Em setembro tive crise fortíssima e creio a pior de todas, foi direto nas duas axilas. Foi meu primeiro e maior tratamento, vacinas, anti - tudo (bióticos, infamatórios e depressivos), e logo após passar por isso, meu marido me sugeriu morar na praia e me dar uma vida mais tranquila e com natureza. E ASSIM FOI,

Hoje, passo por uma situação muito triste, que é o desemprego sendo que temos duas crianças pequenas que dependem de nos, os pais. Logico, que fora isso, ainda se agravou minha depressão apos o parto do bebe Arthur, hoje com dez meses de vida. Em certas ocasiões, passei por momentos parecidos de tristeza, e isso foi virando uma bola de neve em minha cabeça, desencadeou assim, a minha quarta crise de HS, não tao forte, mais com muito incomodo e limitação física.

Ao ver tudo isso de minha vida, resolvi escrever a vocês, e olha que faz tempo que não me vinha inspiração. Como já relatei, não estou com este artigo querendo mostrar a fragilidade que temos, não é meu intuito. Aqui sempre quis colocar as pessoas portadoras de HS para cima, elevar a auto estima e fazer com que cada um se conheça e assim possa se ajudar. Acredito muito que nossa mente cria as doenças, então, não descarto da minha vida, a possibilidade de ser uma tristeza prolongada uns dos fatores da nossa doença cronica. Tristeza também pode ser cronica e alem de depressão, acarreta em vários outros distúrbios.

Pense e relembre sobre os episódios de crises de vocês, se avalie. Eu seguirei meu ritmo, porem, adicionarei ao que já sigo sobre viver com Hidradenite, o pensamento positivo e a falar mais meus sentimentos, a não guardar tanto o que estou passando no momento.